A busca de novos alvos moleculares candidatos ao tratamento de doenças utiliza venenos, extratos e secreções animais (provenientes do nosso Biobanco), bem como proteínas e peptídeos como ferramentas de estudo.
Estes compostos são aplicados em modelos de cultura de células, em particular aquelas envolvidas em processos inflamatórios articulares e neuronais e a partir de suas informações estruturais, utilizando técnicas avançadas como a transcriptômica, a proteômica, a quimioproteômica e a citometria de fluxo, associadas à bioinformática, nossos pesquisadores trabalham no isolamento, caracterização e identificação de respostas fenotípicas. Com isso, pretende-se descobrir e validar alvos moleculares que possam estar associados com anti-inflamação e/ou anti-nocicepção.
Venenos e secreções animais são uma rica fonte de moléculas com diferentes atividades biológicas. Durante sua primeira fase, o CENTD estabeleceu um Biobanco de venenos e secreções oriundos dos diversos continentes, proteínas recombinantes e peptídeos sintéticos.
Essas moléculas são isoladas e caracterizadas por técnicas bioquímicas (filtração em gel, HPLC, FPLC e espectrometria de massas) e utilizadas como ferramentas para a identificação de novas vias de sinalização ou de moléculas chave que podem ser alvos de intervenções terapêuticas.
Conheça as plataformas
Para elucidar as funções de um alvo e definir os possíveis processos biológicos associados às doenças em estudo, diversas ferramentas moleculares são empregadas. Ensaios de ganho e de perda de função são realizados nas células em cultura pelo silenciamento gênico utilizando a tecnologia de RNA interferente, a edição de genomas por CRISPR/Cas9 ou a superexpressão gênica dos alvos de interesse. Os fenótipos das células são monitorados utilizando as plataformas do laboratório CENTD por meio da análise de marcadores moleculares das doenças em estudo, além dos mediadores inflamatórios e de metaloproteinases de matriz. Marcações intracelulares de moléculas sinalizadoras são analisadas por técnicas baseadas em imunofluorescência, tais como HCS, citometria de fluxo e microscopia confocal. Ensaios de localização subcelular de proteínas e rastreamento de moléculas intracelulares também são avaliados nas células modificadas sob diferentes estímulos. Conjuntamente, essas abordagens ajudam a identificar o potencial terapêutico de um alvo selecionado.